Banco Central estabelece um limite para transações feitas a partir de aparelhos não cadastrados junto à instituição financeira do usuário
O Pix passou a ter regras de segurança mais rígidas e novas formas de transferência desde sexta-feira (1º). Entre as mudanças, o Banco Central estabeleceu um limite para transações feitas a partir de aparelhos não cadastrados junto à instituição financeira do usuário e a obrigatoriedade de sistemas de monitoramento de fraudes. As mudanças valem para todas as cerca de 900 instituições participantes do Pix (entre bancos e instituições de pagamento). Quem for usar o Pix em um novo celular ou computador precisa ficar atento.
Se o aparelho não estiver cadastrado no banco, o limite é de R$ 200 por transação e de R$ 1.000 por dia. Se instituição detectar que se trata de um novo dispositivo, que ainda não está cadastrado e que o cliente não utiliza normalmente em suas operações, a transação será limitada automaticamente. O objetivo é minimizar a probabilidade de criminosos usarem dispositivos diferentes dos utilizados pelo usuário para gerenciar chaves e movimentar valores.
Ao comprar um novo celular e instalar o aplicativo do banco, o usuário deve seguir as orientações da instituição financeira para cadastrar o aparelho e elevar o limite de transferência. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), caberá ao banco enviar uma mensagem diretamente ao cliente por meio de seu aplicativo, indicando os dados necessários e onde deve ser feito esse registro. “Não clique em links, e-mails e em mensagens de Whatsapp ou SMS que solicitem que você passe seus dados pessoais e bancários.
Se você receber alguma mensagem fora dos canais oficiais de seu banco, a ignore, porque provavelmente é um golpe”, afirma o diretor-adjunto de Serviços da Febraban, Walter Faria. A função Limites Pix, que permite solicitar aumento ou redução dos valores liberados, permanece. A Febraban afirma, em nota, que os limites podem ser determinados para transferências diurnas ou noturnas, para contatos salvos do cliente, para pessoas jurídicas ou para pessoas que não estão cadastradas.
Esse aumento de limite passa a valer entre 24 horas e 48 horas após a solicitação pelo cliente. Os bancos também terão de informar aos clientes, em canal eletrônico de amplo acesso, os cuidados necessários para evitar fraudes. As instituições têm ainda a obrigação de utilizar uma solução de gerenciamento de risco de fraude que contemple as informações de segurança armazenadas no Banco Central e que seja capaz de identificar transações Pix atípicas ou não compatíveis com o perfil do cliente.
Cabe aos bancos também verificar, pelo menos uma vez a cada seis meses, se os seus clientes possuem marcações de fraude na base de dados do Banco Central. Essas marcações servirão como ponto de atenção para as instituições sobre esses clientes. Por exemplo, um usuário que reclama com frequência de ter valores debitados indevidamente por Pix ou alguém que teve os dados de sua chave vazados mais de uma vez.
“Espera-se que os participantes tratem de forma diferenciada esses clientes, seja por meio do encerramento do relacionamento ou do uso do limite diferenciado de tempo para autorizar transações iniciadas por eles e do bloqueio cautelar para as transações recebidas”, diz o Banco Central, em nota.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou na última quarta-feira (30) que o Pix por aproximação vai estar funcionando em breve no Brasil. A nova ferramenta estava prevista para “Se você receber alguma mensagem fora dos canais oficiais de seu banco, a ignore porque provalvemente é um golpe”
Fonte: Diário do Comércio