A taxação EUA Brasil foi uma decisão recente dos Estados Unidos de impor uma tarifa de 50 % sobre produtos brasileiros, a partir de 1º de agosto de 2025, traz efeitos relevantes para o setor exportador e, indiretamente, para toda a gestão contábil das empresas brasileiras.
Sendo assim, decidimos te explicar o que muda no dia a dia contábil, financeiro e tributário dessas empresas.
O que está acontecendo?
Os EUA anunciaram taxação de 50 % sobre importações do Brasil (inclusive café, carne, suco de laranja, aeronaves, aço etc.), como forma de retaliação a questões políticas e comerciais.
Dessa forma, a taxação dos EUA, afeta setores estratégicos — agronegócio, siderurgia, petróleo e indústria aeronáutica — e já começa a pressionar contratos e margens de exportação.
Como essa taxação prejudica o Brasil?
1. Perda de competitividade no mercado americano
Com a nova tarifa, os produtos brasileiros chegam mais caros nos EUA, o que favorece concorrentes de outros países com tarifas menores ou isenção. Sendo assim, se reduz as chances de venda e a presença do Brasil no mercado internacional.
2. Queda nas exportações
Empresas que exportam para os EUA, especialmente dos setores de agronegócio, siderurgia e indústria, devem enfrentar uma redução nas vendas. Logo, isso afeta diretamente o faturamento, o crescimento e a geração de empregos no Brasil.
3. Redução da entrada de dólares
Exportações são uma das principais fontes de entrada de moeda estrangeira no país. Além disso, menos vendas aos EUA significa menos dólares circulando, o que pode pressionar o câmbio e gerar instabilidade econômica.
4. Impacto na produção nacional
Com menor demanda externa, empresas tendem a produzir menos, o que pode resultar em cortes de funcionários, bem como na queda na arrecadação de impostos e diminuição de investimentos.
5. Aumento da burocracia e complexidade tributária
As empresas terão que rever contratos, ajustar operações contábeis e buscar alternativas comerciais para manter suas atividades. Dessa forma, é necessário maior controle fiscal, gestão tributária eficiente e apoio contábil especializado.
Quais segmentos de mercado serão mais afetados?
A taxação de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros afetará especialmente empresas dos seguintes segmentos-chave da economia nacional, bem como:
Agronegócio
O agro é um dos setores mais impactados, já que os EUA são grandes compradores de:
- Café
- Açúcar
- Soja
- Carnes (bovina, suína e de frango)
- Suco de laranja
Impacto: redução nas exportações, bem como perda de contratos e necessidade de redirecionar a produção a outros mercados.
Indústria de transformação
Dessa forma, serão impactadas principalmente empresas que exportam:
- Aço e derivados
- Alumínio
- Papel e celulose
- Produtos químicos
Impacto: aumento no custo final dos produtos nos EUA, ou seja, o que torna a produção brasileira menos atrativa para o mercado norte-americano.
Aeronáutica
Além disso, empresas de aviação irão sofrer diretamente com tarifas adicionais em:
- Aeronaves regionais
- Peças e componentes aeronáuticos
🔎 Impacto: risco de perda de contratos internacionais, bem como prejuízo à inovação no setor.
Entenda como agir perante a taxação
A seguir vamos te explicar como a sua empresa pode analisar esse cenário, além de realizar ajustes na sua contabilidade, pensando em melhorar suas relações comerciais, bem como não ter prejuízos:
1. Redução de receitas e necessidade de ajustes contábeis
Com a barreira tarifária, o volume de exportações ao mercado americano tende a cair. Logo, isso impacta diretamente os valores registrados como receita em contratos cambiais e planos de negócios puxados pelo dólar. Sendo assim, sua contabilidade deve:
- Recalcular projeções de vendas e lucros
- Ajustar planos financeiros e fluxo de caixa
- Rever indicadores como margem de contribuição e ponto de equilíbrio
2. Reprecificação de estoque e contratos
Além disso, empresas exportadoras que tinham contratos firmados com exportação futura precisarão:
- Reavaliar preços de venda
- Ajustar provisões para perdas se não conseguirem redirecionar carga
- Registrar eventuais perdas por redução de valor de ativos vinculados à exportação
3. Rever o planejamento tributário
Em busca de redução de impactos, negócios podem buscar:
- Redirecionar exportações a novos mercados
- Reavaliar regimes tributários (como Drawback ou regimes especiais de exportação)
- Buscar créditos fiscais em materiais e insumos
- Recalcular apuração de PIS/COFINS para compensar queda de faturamento
4. Situação fiscal e compliance
Os contadores devem acompanhar o desenrolar da tarifa, porque:
- Novos impostos retaliatórios podem surgir
- Mudanças tributárias podem ocorrer por meio de ajustes em acordos de comércio
- Autuações e multas por erros na classificação fiscal podem ocorrer
5. Comunicação com stakeholders
Além disso, é essencial manter clareza com:
- Sócios e investidores (via relatórios revisados)
- Bancos e financiadores (com projeções ajustadas)
- Clientes internacionais (revisão de condições contratuais)
Como a Assescont pode ajudar?
- Consultoria contábil estratégica: revisamos projeções fiscais e financeiros
- Revisão de estoques e contratos: adaptamos a contabilidade às condições de mercado
- Planejamento tributário personalizado: identificamos incentivos para exportadores
- Monitoramento de compliance: avisamos sobre mudanças em legislações internacionais e riscos fiscais
Por fim, a taxação dos EUA sob o Brasil de 50% representa um choque tributário que vai além da área de comércio exterior — bem como exige ajustes contábeis e tributários imediatos para evitar perdas financeiras e garantir conformidade legal.
Se sua empresa exporta ou depende da cadeia internacional, fale com a Assescont agora. Logo, estamos prontos para ajustar sua gestão contábil de forma estratégica e segura, minimizando impactos e aproveitando oportunidades.